terça-feira, 12 de maio de 2009

Necrose Anestésica

A administração de uma agente anestésico local pode, em raras ocasiões, ser seguida de ulceração e necrose no sítio da injeção. Acredita-se que tal necrose resulte de isquemia localizada, embora a causa exata seja desconhecida e possa variar de caso para caso. A técnica imperfeita, como a injeção subperióstea ou a administração de excesso de solução em tecido firmemente aderido ao osso, é condenada. A epinefrina contida em muitos anestésicos locais também tem recebido atenção como uma possível causa de isquemia e necrose secundária.

Características Clínicas
A necrose anestésica se desenvolve vários dias após o procedimento e, mais comumente, apresenta-se no palato duro. Uma ulceração bem circunscrita desenvolve-se no sítio da injeção. A ulceração é frequentemente profunda, e ocasionalmente a cicatrização pode ser demorada. Um estudo documentou sequestro ósseo no sítio da necrose tecidual.

Tratamento e Prognóstico
O tratamento da necrose anestésica geralmente não é necessária, a menos que a ulceração não regrida. O trauma menor, como o causado ao efetuar um esfrefaço citológico, tem sido notificado como indutor de melhora nesses casos crônicos. A recorrência não é comum, mas tem sido observada em alguns pacientes associada ao uso de anestésicos contendo epinefrina. Nestes casos, é recomendado o uso de um agente anestésico local sem epinefrina.

Referência Patologia Oral e Maxilofacial - B, Neville. Segunda Edição

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